– “Seja autêntico”.
– “Escreva um conteúdo autêntico”.
– “Você precisa de autenticidade”.
E tentando seguir essas frases baseadas na modinha, podem acontecer duas confusões quando você busca ser uma pessoa mais autêntica:
1. Você começa a achar que uma pessoa “diferentona”, que fala tudo o que pensa e age sem medo é a imagem perfeita de se tornar uma pessoa autêntica.
2. Você começa a reproduzir falas, gestos, ideias e comportamentos dos outros.
Ser uma pessoa autêntica não significa reproduzir e copiar o outro. Ser uma pessoa autêntica não significa ser “diferentona”. Ser uma pessoa autêntica não significa falar tudo o que pensa. Ser uma pessoa autêntica não significa agir sem medo.
Ser uma pessoa autêntica significa, simplesmente, ser VOCÊ, do seu jeito único de ser.
E quando falamos em ser você mesma, precisamos parar de olhar para o lado e olhar agora para dentro. Mas antes de começar a olhar para dentro, você precisar entender que “ser você mesma” não é isso aqui:
“Ah, mas eu falo tudo o que penso na cara da pessoa, eu sou eu mesma e não vou mudar!”.
Sinto muito! Despejar palavras ditas como “sinceridade” não quer dizer que você está sendo você mesma, e jogar ao vento que você é assim e vai morrer assim é um grande sinal de que você está escondendo a sua real verdade.
Ou ainda, “ah, mas eu prefiro guardar tudo pra mim, não quero correr o risco de desagradar as pessoas. Eu sou assim mesmo, essa sou eu, tímida”.
Na na ni na não. Quando você usa de um adjetivo (por exemplo, a timidez) como uma desculpa para amenizar algo que você não faz, mas gostaria de fazer, você não está sendo você mesma, ou seja, mais uma vez é um grande sinal de que você está escondendo a sua real verdade.
Bom, depois de entender que “ser você mesma” não é isso, e sim algo mais profundo, agora vamos começar a olhar para dentro.
Quando fizemos esse movimento de olhar para dentro, reencontramos muitas coisas sobre nós mesmas que andavam esquecidas na nossa memória, como a nossa essência, os nossos reais valores, a nossa força interna, e, inclusive, a nossa vulnerabilidade.
Em um mundo onde as pessoas fingem ser quem não são, onde as pessoas correm enlouquecidamente para cumprir obrigações, onde as pessoas tentam suprir as expectativas dos outros… Você acaba não se permitindo a ficar vulnerável, pois acredita que precisa se mostrar forte se quiser vencer na vida, não é mesmo?
Quando você não se permite a ficar vulnerável, você acaba vestindo um personagem, coloca uma máscara e finge ser outra pessoa. E com o passar do tempo, a dor de ser quem você não é APARECE, e ela vem com tudo. Então, você começa a se sentir perdida, confusa, ansiosa, querendo respostas para o que está acontecendo nesse momento da sua vida.
Mas uma resposta agora eu posso te dar: Ser vulnerável não é ser fraca, ser vulnerável não é ser passiva ou omissa, ser vulnerável não é ser incompetente. Muito pelo contrário!
Ser vulnerável é ter coragem de ser quem você é de verdade, mesmo com medo, com incertezas, com vergonha… Ser vulnerável é a fortaleza que te sustenta para você continuar trilhando um caminho mais conectado com o que faz mais sentido pra você e para o que você quer na vida. Ser vulnerável é aceitar que nem tudo está no seu controle, e o que está no seu controle você investe sem aquela autocobrança.
A vulnerabilidade faz parte de cada uma de nós, faz parte da vida. Mas para aceitá-la e para usá-la a seu favor, você precisa assumir.
Comece dizendo para si mesma (e se precisar, fale em voz alta se olhando no espelho!):
– “Eu não sei. E não preciso saber de tudo mesmo”.
– “Eu sou imperfeita. Todos nós somos!”.
– “Eu posso errar, eu posso falhar!”.
– “Eu não preciso abraçar o mundo”.
– “Eu não preciso dar conta de tudo”.
– “Eu aceito a minha responsabilidade nisso…”.
– “É assim que eu me sinto…”.
– “Eu preciso de ajuda”.
Quando você fizer esse movimento interno, você aprenderá a ter mais coragem de transbordar a sua verdade para o mundo.
Ser autêntica é sobre ser você, por inteira. É sobre se comprometer com a sua história. É sobre o que você vive.
Ser autêntica começa de dentro pra fora, começa assumindo a sua vulnerabilidade.
Com muito orgulho eu deixo aqui uma de minhas inspirações, de onde eu retiro uma boa parte do meu trabalho:
Pratique a partir de hoje esse movimento, e se precisar de ajuda para resgatar e fortalecer a sua autenticidade, peça essa ajuda, isso já demonstrará que você está tendo coragem!
Por: Duda Fonseca @duda.fonseca.debem | Autoliderança – Liderando de Dentro pra Fora.
Mentora, Psicóloga e Coach, questionadora por natureza e que fala umas boas verdades por aí, mas de coração. Acredita que tem muitas pessoas com potenciais desperdiçados dentro de si e capazes de fazer a diferença com o seu trabalho no mundo, e por isso, ajuda essas pessoas a despertarem sua autoliderança para serem protagonistas de suas vidas e carreiras, a partir do resgate de sua autenticidade e de encontrar o seu verdadeiro papel no mundo, para assim inspirar e mobilizar outras vidas.
A Duda é uma das minhas principais incentivadoras a ser alguém melhor, a buscar minha autenticidade. O primeiro texto do blog foi sobre isso: https://psicologapaulamay.com.br/autenticidade-permitase-ser-voce-mesma/.
Espero que tenham gostado, um beijo :*